domingo, 25 de março de 2012

TCC - Transpraia da Costa da Caparica

Soube-se na semana que passou que o Governo abandonou definitivamente o TGV.



Mas quê em andamento? A alta velocidade, isso é capaz de aleijar! Assim de repente, sair de comboios em andamento, só me lembro do comboio da Costa, o TCC. Se o Governo tivesse abandonado o TCC, doía menos.
Quer dizer, mesmo no TCC é preciso tomar precauções. Um gajo sem destreza, até pode ficar preso nos apoios laterias dos braços, por uma perna e ir de rojo pela areia até à próxima praia. Menos grave mas também comum e igualmente aborrecido, nestes saltos do Transpraia, é dar cabo de uma unhaca do pé, que aquilo é feito de ferro maciço, à boa moda antiga. Provoca dores e causa arrelias por causa da areia. E eu sei do que estou a falar, já tiveram alguma intervenção cirúrgica na unha grande do pé? Eu já, posso dizer que dói e não é nada giro ir para a praia com uma meia de licra preta. Um salto mal calculado pode ainda dar azo a uma aterragem forçada e bastante incomodativa em cima daquelas plantas com picos, que eu não sei agora o nome, parecem aspirantes a catos do deserto, de aspecto frágil e inofensivo, mas que picam bem! O que vale é que nem tudo é mau na ciência do abandono de comboios em andamento, em particular do Transpraia.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Filamento Médico Intermitente

Antes de mais alerto que o texto que se segue é susceptível de ferir a sensibilidade de pessoas sensíveis, susceptíveis de serem feridas. Se é uma delas, é melhor ir ler outra coisa.




Nos cuidados intensivos do hospital mundialmente famoso, o Filamento Médico Intermitente (FMI), encontra-se em internamento prolongado a D. Economia Gertrudes Mundial. Aguarda-se, a médica chefe e administradora, que após a sua sessão diária de solário e retoque plástico, lá apareceu, afirmando que vê sinais de estabilização na paciente, alertando no entanto, que a doença de que padece, a dívida, está espalhada e será penoso sair dela. As crises de Grécia e a insuficiência Portugal não apresentam grande preocupação clínica. Estão sob vigilância e internamente são controláveis, basta dar-lhes uma injecção. O perigo, são as possíveis recaídas futuras e ainda a hipótese de contágio, sabendo-se que há outros órgãos vitais, maiores, debilitados e há algum tempo também afectados.

Cá fora, a preocupação encontra-se instalada. O funcionamento do hospital é já visto com grande desconfiança. A sua reputação tem vindo a cair desde que foi criado pelos EUA, na altura com um bom propósito.



quinta-feira, 15 de março de 2012

O Álvaro II – O lóbi ataca

Tal como esperava o Álvaro voltou outra vez à cena. Aliás, ele até esteve sempre em cena, mas como o elo mais fraco. E agora prepara-se para levar com o seco: “adeus!”.

Um elo por onde é fácil pegar, ou se preferirem despegar. Sem experiência política, acaba por ser a vítima ideal. E por não ser político vai ser posto a andar. E isto, confesso, eu não percebo ou tenho muita dificuldade em perceber. Então não andamos todos fartos da demagogia dos políticos e das suas promessas convenientes, de ocasião, falsas e mentirosas?

Não sei se este seria o melhor ministro da economia, pois o momento é difícil e de economia percebo pouco, tenho apenas umas pequenas bases académicas, portanto, deixo essa avaliação para os espertos da matéria. Mas do pouco que sei e tenho lido, o homem até tinha ideias, intenções, propostas, acções, reformas e, por não ser político, apresentava-se livre dessa intoxicação. O problema, é que o problema é mesmo esse, não ser político, não saber lidar com as pressões, as influências e os compadrios. Tudo o que não vá a favor destas forças, vai contra elas, logo é uma ameaça e deve ser neutralizada.

São os chamados lobbys, ou lóbis (em português, eu prefiro já vão ver porquê).

sábado, 10 de março de 2012

Baby don't you want to go

Uma passagem de Blues entoada ao melhor estilo pelo, não menos estiloso, presidente dos Estados Unidos da América, Mr. Barack Obama. Aproveitou um concerto intimista na Casa Branca para se lamentar de não poder fazer coisas tão simples, como sair à noite apenas para passear a pé ou dar uma volta de carro por aí, para espairecer. Em compensação, continuou, pode ter em sua casa o Mick Jagger e o B.B. King para um serão de Blues! Um estilo musical que, ainda segundo ele, é uma das bandas sonoras do estado actual de dificuldade do mundo e do seu país. Cânticos e canções de trabalho que no seu tempo lutavam subtilmente contra a escravidão.

Inevitável não imaginar o Cavaco de olhos cerrados e pose fadista, no salão de festas do palácio de S. Bento… (guitarra portuguesa) pimpim, pirilipimpim, pimpim, pirilimpim, pimpim, pirilipimpim… “ai a minha reforma coitadinha, nem chega para as despesas, uns milhares de euritos daqui, outros de acolá, um jantar de miudezas, para mais não dá”, pimpim... Palmas (a ver se se cala)! Nós, deste lado do Atlântico, portugueses, somos um povo de sofrimento com um fado de património mundial, por isso… cantamo-lo. Entre um bom copo de vinho e um bom petisco, tudo há-de passar.

Na terra dos Blues, muitos defeitos se encontram. A escravidão agora é outra, por eles