A solidariedade só se consegue praticar verdadeiramente
quando é sentida. E a esta selecção é difícil sentir. É feita de elites. As que
sentem a crise de maneira diferente, ou não a sentem de todo. O que apesar de
tudo, não deixa de ser estranho. Muitos estamos, conhecemos directamente alguém
que está ou corre o risco de vir a estar desempregado. Os tempos mudaram é
impossível estar indiferente e fingir que nada se passa. E é isso, ou
praticamente, que tem sido feito. Indiferença perante a grave situação económica
e social em que Portugal se encontra. Indiferença dos protagonistas por o permitirem e
dos que fazem por mostrar. Durante as últimas semanas, diariamente e com
relativa frequência horária, somos invadidos com o relato dos últimos minutos
deste ou daquele envolvido na selecção. Seja ele jogador, treinador, médico,
dirigente, fotógrafo, cozinheiro ou motorista.
Eu quero é futebol! Técnica, táctica, golos! Se quisesse um
Big Brother via a TVI!