O PàF.
Ao contrário do marketing do PS, a coligação foi um verdadeiro caso de
sucesso, a começar pela sigla: um “a” minúsculo com acento grave no meio
de um “P” e um “F” maiúsculos. Super moderno, só faltou um “#” ao início.
“Está disposto a votar no PàF nas próximas eleições?”
“Sim…”
“E na coligação PSD/CDS?”
“Esses ladrões? Nem pensar!”
O
PàF nem sequer é um partido, que os partidos não valem nada. O PSD e o
CDS estão gastos, usados. Um coligação é diferente e o que está a dar
são parcerias.
O PàF é como um novo smartphone, muda o visual mas a trampa é a mesma. Conclusão: vai tudo a correr comprar, 2 milhões e qualquer coisa de votos.
O
PS, desgastado e velho precisa definitivamente de novo diretor de marketing. O
líder pode ser o mesmo, pouco importa. E já agora mudem também de hotel,
um que tenha ar condicionado nas salas comuns. Já é suficiente mau ver o
Costa na TV, muito pior ver o Costa a pingar de suor. Parecia que tinha acabado de comer uma chamuça. Isso dá para ver no
booking.
Mas
nem tudo foi mau para o PS. O PS foi o partido, que mais deputados
ganhou relativamente às últimas legislativas (2011), mais uma dúzia: PS! PS! PS!
O
Bloco ganhou com as mulheres, uma despida até. E a percentagem
arrebitou mais do que qualquer outra: 5% relativamente a 2011, o que
valeu a chegada ao pódio.
Sobe
a Catarina, desce o Jerónimo. Embora tenha também ganho. Mais um
deputado do que em 2011. Cresceu mas não arrebitou, com o Jerónimo
também não dá para mais.
Por último, o PAN, passou de zero para um deputado, obviamente também ganhou.
Maiorias nem vê-las. A abstenção se fosse um partido teria a absoluta, ganhou também 2%. É uma ideia a explorar: vote no "eu quero lá saber disso para alguma coisa!".
Maiorias há muitas. O Cavaco se quiser sair em grande, pode sempre apostar nesta: PS(85)+BE(19)+PAN(1), 105 contra 104 (PàF) deputados. Para que os verdadeiros e fieis animais possam fazer a diferença.
Ganham todos, perde o mesmo de sempre.