Ainda não
percebi se há mesmo mais violência, ou não. É comum ouvir-se dizer, sempre foi
assim, agora é que se ouve falar. Diria antes, agora é que se vê. Proliferam
câmaras e canais de televisão. Até de altíssima definição, infinidades de mega pixéis
na palma da mão, com transmissão de híper-difusão. É tudo alta, mega, híper, super,
fixe. Hi-tec, mainstream, brutal!
Mas não nos
melhora, não nos mostra melhor, antes pelo contrário.
Será bom?
Parece mau, parecemos péssimos, da pior espécie. Desumanos da pior espécie, se
é que dúvidas ainda subsistiam. É tão simples, ou parece tão simples como cortar
uma banana às rodelas, como carregar num botão. Start/Stop. Automático sem
preocupação. Virar costas e ir embora.
Será bom?
Temos que ver para evoluir, perceber o que há a corrigir? Há que mostrar, sem
medos, há conteúdos para preencher, páginas para exibir, gostos para conquistar,
audiências para aumentar. Porque queremos ver, viciam-nos em ver. Só vê quem
quer, quem não quer, não vê, nada. Mais também não há para ver. E ai de quem
não vê! É um banana! E os bananas, são comidos, apanham, levam bananos.
A violência
está tão banal como comer uma banana. A própria violência em si, é banana,
cobarde, no sentido em que se revela e sobrepõe a um baixinho intelecto. Há que bani-la! E é aqui que podia entrar um movimento social. Pena não ter
audiência, porque se tivesse era já: “Armas por Bananas”. Queria ver alguém a
espetar uma banana, disparar uma banana, sovar ou infligir com uma banana,
arremessar bananas. Brincadeiras à parte, pois a fruta não é para brincar é
para comer, que esta era global, digital, de omni-informação, esteja apenas nos
seus primórdios e a reavivar a noção de que a violência é real, que permita aprender,
educar, transmitir para evoluir, não para oprimir e banalizar, quanto muito, e sem me
querer repetir, para bananizar.
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