O famoso inseto traduzido do inglês, portador de um
qualquer vírus que não o dengue, mas nos parece ameaçar muito mais do que ele.
É a causa de todo o mal. Ou grande parte. Um livro para adultos no plano
nacional de leitura das crianças, serviços que não funcionam ou mal, por causa
do “sistema” ou da rede que “hoje não dá nada”, um Orçamento de Estado para
2013, com medidas violentas também para os sistemas que e o implementam e
correm o sério risco de o fazer mal. E sempre o mesmo, o erro informático!
São bites e bytes a circular pelo cabo, pela fibra,
pelas frequências que atravessam tudo, incluindo nós, deixam-nos o mundo à
distância de um clique, e a miragem da velocidade da luz transformada em
realidade. Virtual. Uma revolução. Depois da industrial, a digital. Na
industrial, a produção em massa com mais e melhores meios, o capital, o início
da globalização, mas ainda um ritmo acompanhável. Antes da industrial, muito
antes, a agrícola. Também ela radical. Trouxe alimentos, autossuficiência e uma
vida nova, mas ainda saudável. Agora, a revolução da informação digital global.
A tecnologia de ponta capaz de possibilitar o impossível. Se não tiver erro. Se
não for um erro. O que ontem era de ponta, hoje já não é. Evolui muito rápido.
Muito mais do que o ser humano consegue seguir e quando assim é quem perde é o
ser. A sua capacidade de adaptação, a do humano, é distintiva entre os seres,
mas nada de abusos. Diz a medicina que uma das doenças mais difícil de
combater, o cancro, resulta desse abuso, das grandes, repentinas e não
acompanháveis alterações do meio envolvente. No digital o ritmo é de top, alto
débito de informação, exige esforço com reação imediata e constante.
Absorve-nos, puxa-nos, deixa-nos corcovados, rebaixados perante o aparelho. Em
vez de nos elevarmos, ficamos mais baixos. Sendo a altura média, um indicador
de saúde e bem-estar, o pronuncio não pode ser bom, embora pareça, a exigência
sempre foi, boa. A tecnologia é boa, o facebook até ajuda a curar depressões.
Tem lógica, insere-nos socialmente, embora que de forma virtual. Aproxima-nos,
mas tira-nos algum tato. Parece lógico um jornal despedir para se dedicar à
versão online, mandam as audiências e as tiragens. Lógico, mas com erro
estratégico. Já temos carros que andam sozinhos, mas estudos revelam que
estamos menos inteligentes. Nós menos, as máquinas mais, triunfa a inteligência
artificial. Deixamos de ser reais. O erro informático, é humano. Se o
eliminarmos, corremos sérios riscos.
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