A música, como em qualquer cultura, é um elemento fulcral
que deve ser preservado, divulgado e fomentado por um digno serviço público de
televisão. É isto exatamente que o Like Music faz. E muito bem. O produto, a
música portuguesa, é excelente, a promoção inovadora, original e eficaz, e o
serviço público resulta em excelência. A ideia é simples, e como em muitas
coisas é das ideias simples que nascem grandes invenções. Uma banda ou um
artista a solo, em ascensão ou de créditos firmados, um concerto ao vivo, mas
sem público. Aplausos, isqueiros, saltos e pedidos de encore, mas sem
público ao vivo. Público confortavelmente instalado em casa, na sala, cozinha,
quarto, sofá ou cama, sozinho ou acompanhado, comando sempre na mão, mas sem
música ao vivo. TV, box ou computador, fibra ótica pelo meio e está o
espetáculo montado. A música começa, o público vê, ouve e sente, aplaude, salta,
dá à chama e pede mais, pelo comando ou rato, os artistas sentem e puxam pela
contabilização das reações, leem e respondem, ao vivo, aos comentários do
facebook. Numa pequena sala de concertos, a plateia é o mundo de interação
virtual.
Nunca será este um concerto ao vivo em toda a sua
plenitude, mas a vibração está lá. Que o digam Blasted Mechanism, os últimos
que por lá passaram, terminaram extasiados após louca atuação e maratona de incentivo
ao record dos 800 mil aplausos. Antes deles David Fonseca, Filipe Pinto,
Wraygunn, Jorge Palma, Nu Soul Family, Amor Electro, entre outros. Vale a pena
entrar, à boa maneira portuguesa, é de borla e basta clicar. No próximo dia 26,
Aurea, valerá a pena ver. E ouvir também.
Sem comentários:
Enviar um comentário